DOGVILLE

[Dogville - Lars Von Trier - 2003]




      No filme “Dogville” (2003) de Lars Von Trier, o cenário criado é completamente não-usual para o cinema Hollywoodiano, tendo visíveis influências teatrais como: o teatro de Bertold Brecht, que costumava colocar avisos de "atenção, não se emocione, isso é ficção", em suas peças; o Teatro caixa-preta, que possuia um espaço cênico básico retangular com paredes pintadas de preto; e o Teatro do absurdo, onde atores interagem com objetos imginários
       O cenário visto de cima, mostra as marcações das casas, sendo que estas, não tem paredes, são identificadas por desenhos de suas plantas no chão, assim como as ruas, o pomar e o único cachorro da cidade. A ilumianação faz com que as residências fiquem escuras e claras dependendo do momento do dia, e muda de acordo com as estações do ano. Outro detalhe é a neve que cai na cidade, encobrindo só as ruas, deixando claro que o desenho no chão, tem um poder enorme de representação. A visão é completamente limpa, sendo percebido duas ou mais ações acontecendo ao mesmo tempo.
        São pouco os objetos utilizados na história, só os que tem importância para serem usados, como por exemplo: o sino que é tocado, marcando reuniões na cidade; os bancos que a pequena população senta para discutir assuntos importantes; a caminhonete que “ajuda” a personagem Grace a fugir; a cama que as pessoas dormem; a roda de ferro que é prendida no pescoço da protagonista, entre outros. Como não tem paredes, também não tem portas, sendo percebidas por sons.
      





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